Em um mundo caótico
Apesar de parecer altamente personalizado, nossas redes sociais são na verdade altamente massificadas e devido a evolução das plataformas focadas em conteúdos curtos, nossa tenção continua reduzindo. Um estudo feito pela Microsoft comprovou que nossa atenção e foco pleno estão menores que a de um Peixinho Dourado, chegando a 8 segundos.
Se continuarmos com essas projeções, o ser humano estará totalmente passivo quando se trata de consumo de conteúdo, e não conseguirá controlar seus impulsos mais primordiais. Em 2022 um estudo foi realizado onde concluíram que pela primeira vez em décadas, os filhos não estão com o QI maiores que os pais.
O modelo de gratificação instantânea em crianças molda seus hábitos e os tornam seres que não conseguem pensar no longo prazo e agem completamente baseados em ganho a curto prazo, o que na vida, é uma estratégia horrível para quem quer o sucesso e consistência.
Ironia do destino
"Meu pai me alertava contra estes empreendimentos, mas, após extenso estudo, desenvolvi o formato ideal. Estimular simultaneamente múltiplos sentidos humanos é essencial para uma experiência completa. Aqueles incapazes de apreender essa sutileza carecem do refinamento necessário na nova era."
— Icarus Raskin
53%
Utilizam todos os dias
Atuamente, 53% da população global utilizam redes sociais todos os dias.
Retenção sob Qualidade
Na era da abundância, a atenção do público é o maior ativo para uma empresa. Assim elas acabam influenciando e afunilando seus serviços para incentivar o consumo desenfreado e prolongado, para assim aumentar seu lucro.
Em um estudo realizado pela The Canadian Journal of Psychiatry em 2022, foram analisados 100 TikToks sobre TDAH. Os resultados demonstraram que 52% eram enganosos e espalhavam desinformação, 27% eram experiências pessoais e 21% foram considerados úteis.
Isso nos demonstra que muitas vezes, o que é mais importante é o Click, o que acaba gerando conteúdos altamente massificados e focados em apelos sensoriais.
O problema
Com a massificação das redes sociais, nossa atenção plena vem reduzindo a cada ano e com o tempo, consequências permanentes irão mudar para sempre nossa espécie. Passaremos a ser menos e menos consciêntes e cada vez mais passivos em relação a que e como consumimos.
O problema envolve o nível de consciência que temos ao utilizar plataformas digitais, pois como somos seus produtos, é de seu interesse que passemos a maior quantidade de tempo nelas possível. Com isso em mente, as empresas empregam cada vez mais táticas para te manter preso em meio à essas experiências, mesmo que signifique te programar para gostar de conteúdos inúteis e injeçõe de dopaminas que irão te deixar prostrado para o resto do dia após 5 horas de navegaçãocontínua.
O que podemos fazer sobre isso?
Este é um trabalho sobre privilégios, elitismo, oportunidades e tragédias. Seria trágico demais caso disséssemos que não há solução, porém ainda há tempo. Ao mostrar tecnologias e tendências à uma pessoa de idade, iremos obter reações de questionamento, confusão e muitas vezes de reprovação.
Esse contraste cultural serve para demonstrar que coisas incomuns pra nós no presente, pode ser totalmente aceito no futuro. Assim, utilizamos desses sentimentos para buscar a reflexão interna de cada leitor, procurando entender o que motiva cada indivíduo a passar horas navegando e interagir no mundo digital.
Só com conhecimento poderemos ser assertivos sobre como desejamos viver nossas vidas, assim sendo, avalie seus hábitos e molde o seu futuro. Interprete essas histórias como um caminho onde não devemos continuar a trilhar.
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